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Depois de ter assinado sete golos na mesma tarde ao West Ham, perguntaram a Edward Babanjira, jogador camaronês ao serviço do Liverpool se se considerava o melhor da Premier League. Respondeu com modéstia que não só se considerava «O melhor», como «O primeiro melhor da Liga» (literalmente «First best in the league»).
Dias depois a discussão escalou nos tabloides, quando certo responsável partidário dos tories gracejou num debate no Parlamento nem todos os deputados se podiam arrogar ao direito de possuir um domínio rudimentar da língua inglesa e levantar um estádio.
Foi acusado de imediato de xenofobia e de racismo e recebeu cargas sucessivas de acusações em todos os veículos de propagação de palavras.
De modo que, dias mais tarde, precisou de aclarar em conferência de imprensa o conteúdo das suas declarações anteriores, dirigindo-se ao jogador, ao Liverpool, ao desporto, aos britânicos e aos Camarões. Sentia-se profundamente constrangido pela indelicadeza que tivera e pedia as mais sinceras desculpas.
A expressão «Primeiro melhor» mereceu, igualmente, uma acalorada defesa da Ministra da Cultura, Mary O’ Neill, que sugeriu a sua inclusão na gramática do inglês, como reforço sintático da ideia da comparatividade adjetival.
Nós, que seguimos o caso com atenção, propomos a interessante inclusão de termos como «o segundo melhor», «o melhor do meio», «o último melhor», bem como «o primeiro pior» e por aí adiante.
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