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Livro de estreia de João Ricardo Lopes, vencedor do Prémio Revelação de Poesia Ary dos Santos (7.ª edição, 2001), atribuído pela Câmara Municipal de Grândola e pela Associação Portuguesa de Escritores.
O júri (composto por José Correia Tavares, Armando Baptista-Bastos e Manuel Frias Martins) deliberou por unanimidade a atribuição deste prémio, valorizando “a voz do poeta [que] rememora e revive a dois tempos o amor carnal e o amor pela escrita, fazendo-os sincretizar numa só e mesma incursão que o acto de amar-escrever liricamente constrói” e também o facto de se tratar de um “livro de poemas de amor [com] imagens de inequívoca e esmerada beleza, colocando o ponto de focagem da sua escrita tanto na exaltação dos sentidos (do corpo agudizado pelo amor), como na inquietante correspondência que tal exaltação física despoleta na natureza”. ¹
A Pedra Que Chora Como Palavras agrega 35 poemas organizando-os de modo subtil como um único poema, destacando-se a ausência de títulos e a parca pontuação, facto que permite – visualmente – a ideia de tingimento do papel por uma só e mesma linha grafo-melódica, patente – simbolicamente – no título do livro.
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Ano de edição: 2001 | Editora: Labirinto | Páginas: 52
¹ Citações retiradas da apresentação do livro, feita por José Correia Tavares.

